As horas escorrem.
O sol se deita no sofa para descansar
enquanto borboletas cor-de-sangue, cor-de-pele, cor-de-vento,
entram pela janela para beijar seu rosto que dorme.
Toda tarde,
quando chega a hora
em que as sombras das coisas todas se misturam,
quando saem às ruas aqueles que ja se cansaram
de muito trabalhar,
eu pego o meu caderno e a minha pena
e procuro um banco que me ouça para me sentar.
Ser sozinho nao é estado passageiro,
e assim como cada flor se recolhe em botao no fim do dia,
eu volto pra casa e abraco a noite
companheira de mim mesma.
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