terça-feira, fevereiro 08, 2011

Calem-se, calem-se todos!
Calemos, juntos, para que nada se ouca alem dos nossos pensamentos.
O meu, sei bem onde fica,
sei bem onde esta e onde estacionou ha horas.
Calada assim, calados todos, talvez se possa ouvir la ao longe
qualquer movimento de onde meu pensamento chega:
de la, depois do mar,
talvez eu ouca um farfalhar de asas do caminho de volta,
entao calem-se,
calemos todos no mais profundo e limpido silencio.

Estatico, assim calado,
posso ate ver o fio
- que agora sei ser azul-claro -
que conecta la e ca.
O fio que vai
e o fio que vem
(as vezes temo que se encontrem e, pelo meio do caminho, papeiem,
esquecendo a missao original).

Quanto desencontro se um fio, desses,
se quebra,
desvia,
se esquece,
quanto desencontro!
Quanta agua que cai, que rola, se um fio desses
resolve virar corda,
resolve nele mesmo se enrolar ,
quanto sal.

Me encanta a perfeicao do corpo,
humano.

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