domingo, dezembro 09, 2012

Anna, Max.

Vão as nuvens passando, lentas...e nada mais importa, tudo é completo. A água macia caminha com o vento no ritmo suave que negociaram, assobios emolduram o retrato tão antigo, nascido há tanto, da condição escancarada daquilo que por o ser, o é. E assim conquista-me a plenitude, transbordando de sentido por não ser preciso procurar sentido algum.

segunda-feira, abril 09, 2012

Ah, amor...
Ah, coração...
Ah, alma que se perde em meio a tanto encanto,
a tanto ar de respirar;
se perde nos cachos, nos olhos narradores,
no riso mudo.
Qual a história da estória,
qual o homem atrás do conto, atrás da camisa?
De onde veio, quais os rios atravessados,
quantos foram os amores não devolvidos?
Com o que sonha quando acorda e quando dorme?

E assim, mais uma vez, e uma vez mais além da outra,
pergunto-me sobre a farinha do ser
(tal qual repetia aquele chileno)
e desejo a mesma casa em Valparaiso,
a mesma brisa e o mesmo ar salgado
que me entregue os sons do mundo embalados em concha,
baião de ninar.
E canto o desejo de que haja paz pra se pensar por quanto tempo se queira
sobre as minúcias minuciosas,
os pormenores particulares do damasco, do lírio, dos átomos e dos olhos,
sobre amores e viagens no tempo,
sobre sonhos.
Sobre conversas, sobre beijos,
sobre tudo que há para ser pensado.

domingo, fevereiro 19, 2012

Você é um pouco de update,
a versão graduada do meu primeiro namorado;
mastigo suas fotos e me pergunto
se imagina o azul que eu penso,
se constrói os mesmos castelos
e se pergunta o que acontece.

Dramatizo tudo.