quarta-feira, março 02, 2005

Conte de fées, Monde féerique, Routinier

"Sou culpada por sonhar sempre com nuvens?
Ingênua em querer mudar juízo e sina?
Não me culpa, quando preciso é de teatro...
E não me julga, quando despencar de cima.

Se de uma palavra faço tijolo,
E de mobília, minuto de atenção,
Não fura meu orgulho com espinho
Nem me conta cada passo dado em vão...

Assim me morro!Do avesso teço um beijo;

Se piso em piso de algodão,
Ou danço valsa sem salão
Se a cada som eu viro sonho
Deixa estar...
Se quer, salva o que ficar

Em meu dia sou fada, pela noite madrugada
Allumeuse só em reino, impossível tempo inteiro...
E ainda idéaliste quando o tempo atrasa e sobra

Que falta?
Monsieur."

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