sábado, abril 09, 2005

Sem redoma

"Se você quiser viver no breu que me elevei
Enquanto você se pintava
Mostro em quarto escuro o que pouco a pouco encontrei
Nesse meu ego de folha riscada

Ou vacila em bruma e se conduz numa quebrada
Tira o mar da luz, esconde em sonho mão sem fada

Se você quiser que mostre o chão em que deite
Enquanto você me mudava
Acho um louco negro pra cruzar tua highway
E abrir, com chave, o que se acelerava

Mas não vira muda, leva em caixa uma alma alada
Volta ao dia em luz enquanto busco uma outra entrada

Se eu te soprar minha autoria em conto-rei
No manto em que eu sonhava
Faça de um provérbio o teu bolero onde direi
Que foi sim completa essa chamada

Só não abandona esse teu lado tão de errata
Vira em alquimia brisa pura de alvorada"

2 comentários:

Diego Cesar disse...

Tão maravilhosamente modernista ^^ hehe.

Anônimo disse...

sem redomas
e de alma pura
tua leve solidez
é armadura