sábado, abril 09, 2005

Um apelo ao que ainda há de triste

"Sons de carros, buzinas, faróis gritam.
Mulheres lavam as calçadas.

(...)

Meu peito,
que vazio marca cada grama de insatisfação!
Quanta revolta traz cada passo sem direção,
e quanta dor me cobre ao ver minha minimice.

Teu vil traço,
que me aponta a um passado em fio de algodão,
me convence a não parar em frente à multidão
e fracassa ao mostrar por dentro essa mesmice.

(...)

Noites em claro, vizinhas, lençóis ficam.
Doutores passam nossa entrada."

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