"Me recuso a te pegar quando pra sair composta
mas aceito ir de pijamas se é pra ser de madrugada
Da mesma forma não te quero num beijo só de rotina imposta
mas devolvo um palmo e meio pra cada fita em grau vazada
Pra mandar cartão postal de um moinho que passou,
rasgo mas guardo
Pra levar daqui a calma que absorve anel robô
atiro mas marco
Quero mais, ocultar por noite adentro
fica mais, me derrama o teu tormento
ouço tudo; e te opino se quiser
ou silencio e te aninho, em busca de ser mais mulher
Se é pra gritar, que seja correndo na grama
pra analisar, só se for lado bom em varanda
Pra ser tudo, transborda meus poros com pólen
deixa mudo, calafrio com tristeza que some
Ri comigo se o hoje é sem jeito
choro surdo e machuco defeito
Canta junto um cordel sem arpejo
e acha em piscar cheiro fresco
Me mostra um Almodóvar em cristal de maresia
e discute daltonismo em palavra e sintonia
Bom dia.
Não me canso, e chego perto, e não sei mais
não acho tarde pra arrancar você de um fá
Vou pactuar com borboleta em véu de fogo
pra me levar pra dentro aí no teu encosto
E ver se vê em vivo amigo um vinho tinto
e saber se vem comigo e o que se passa
Ouvir se pensa nisso tudo e não foi dito
provar sem te saber furor de graça"
*Gostou? Concorda? Tá...casa comigo então?
Porque hoje eu sou só objeto de todas as coisas, sou toda pele e poros abertos, toda ouvidos, toda sabor e paladar.
sexta-feira, março 25, 2005
quinta-feira, março 24, 2005
MEU PSENESRTE
"NÃO PSOSO TE FLAAR DO AOMR QUE SNTIO
JÁ QUE TDUO É RSRTEGINIDO E PDOE NÃO SAOR BEM
MAS PSOSO TE MSTROAS QUE NÃO ME MTINO
QNADUO AHCO DE VRADEDE QUE A PIXAÃO VAI MIAS AELM
SE UM DIA EVELRMOAS NAOMSTO
ATÉ O PNOTO EM QUE NÃO SJEA SJUO OU FIEO O AORDAR
EU CNATO NSOSA HOTSIRIA PRO FTURUO
ODNE UM HNIO QUE EOCAEM VATNODE DE AGIAMR"
JÁ QUE TDUO É RSRTEGINIDO E PDOE NÃO SAOR BEM
MAS PSOSO TE MSTROAS QUE NÃO ME MTINO
QNADUO AHCO DE VRADEDE QUE A PIXAÃO VAI MIAS AELM
SE UM DIA EVELRMOAS NAOMSTO
ATÉ O PNOTO EM QUE NÃO SJEA SJUO OU FIEO O AORDAR
EU CNATO NSOSA HOTSIRIA PRO FTURUO
ODNE UM HNIO QUE EOCAEM VATNODE DE AGIAMR"
Fim de festa
"Foi bom ter fugido da praça
correu minha vez de sossego
estado de graça?
Miro a rota mas ando em placebo
só desvio do óbvio que quero
carência de apego?
Surge montado na aurora
o que foi, vêm e cega:
certidão crua em guerra"
correu minha vez de sossego
estado de graça?
Miro a rota mas ando em placebo
só desvio do óbvio que quero
carência de apego?
Surge montado na aurora
o que foi, vêm e cega:
certidão crua em guerra"
Gatilho de idéia de loucos
"Pára, quero subir
no carrossel eterno sem parar
parada brusca só numa estação
que cada qual decide por saltar
sem ar então
Corre, quero alcançar
puxa e em neblina cego a tatear
não quero ver se avanço em contra-mão
sentir tal brisa já é meu calar
qual mar em chão
Volta, se quer olhar
se você pensa idealizar
talvez a idéia seja de antemão
gatilho frágil louco em atirar
está na mão."
no carrossel eterno sem parar
parada brusca só numa estação
que cada qual decide por saltar
sem ar então
Corre, quero alcançar
puxa e em neblina cego a tatear
não quero ver se avanço em contra-mão
sentir tal brisa já é meu calar
qual mar em chão
Volta, se quer olhar
se você pensa idealizar
talvez a idéia seja de antemão
gatilho frágil louco em atirar
está na mão."
Piro-mentira, Psi-futuro
"Quando dentro de casa o sapo não desvira
olha pela porta e uma pedra torna bruma
tira venda e re-conhece o que sempre esteve ali
sem castelo só um poste observando pela rua
Quis lábio, ceguei pra língua
um cordel rebobina?
(...)
sou verso sem rima melhor que ela em parnasiana."
olha pela porta e uma pedra torna bruma
tira venda e re-conhece o que sempre esteve ali
sem castelo só um poste observando pela rua
Quis lábio, ceguei pra língua
um cordel rebobina?
(...)
sou verso sem rima melhor que ela em parnasiana."
Auto-piedade
"Vou eu mesma me cantar
e fingir contentar com tão pouco
vou criar mil dizeres pra dar
e inspirar num barril de sufoco
Afogar?
não até que não me faça ouvir
Levantar?
só se for pra mostrar sol em mí
Não tem só o vazio externo que se pensa
bem mais rasa que qualquer vil aparência
no escuro, mais paredes que as só seis.
(...)
viro num mês"
e fingir contentar com tão pouco
vou criar mil dizeres pra dar
e inspirar num barril de sufoco
Afogar?
não até que não me faça ouvir
Levantar?
só se for pra mostrar sol em mí
Não tem só o vazio externo que se pensa
bem mais rasa que qualquer vil aparência
no escuro, mais paredes que as só seis.
(...)
viro num mês"
Título o Marmelo!
"Vai lá, sem medo, pode ir que eu te prometo
vou tentar me segurar pra não jogar você daqui
se quiser me grita agora que eu vou ver se já te vejo
e acompanho só seguindo, sem andar, aquela esquina
Mora em olho essa menina; inquilina que eu invejo
vou pagar teu aluguel pra você ceder uns dias
e emprestar esse colchão de capim leve que te deita
sem dormir...sem dormir...
e acordar de um sono louco só pra ver se você deixa
sem sair...sem sair...
e decorar tua rotina embebida em chá de menta
mas cala assim, não cola em mim,
olha o dia que morreu
pra querer ser gelo em gin
diz por que te acometeu
não vem mais, não vai mais
agora dorme...
corre atrás, corre a mais,
e vê se some"
vou tentar me segurar pra não jogar você daqui
se quiser me grita agora que eu vou ver se já te vejo
e acompanho só seguindo, sem andar, aquela esquina
Mora em olho essa menina; inquilina que eu invejo
vou pagar teu aluguel pra você ceder uns dias
e emprestar esse colchão de capim leve que te deita
sem dormir...sem dormir...
e acordar de um sono louco só pra ver se você deixa
sem sair...sem sair...
e decorar tua rotina embebida em chá de menta
mas cala assim, não cola em mim,
olha o dia que morreu
pra querer ser gelo em gin
diz por que te acometeu
não vem mais, não vai mais
agora dorme...
corre atrás, corre a mais,
e vê se some"
Enquadro em Quadros
"Folha pisada no chão de concreto
é descaso comigo
Cara virada e atenção na varanda
é doer sem motivo
Dar não pro dia e sim pro rebelde
é viver sem sentido
Cola já gasta grudando buraco
é querer ser teu vício"
é descaso comigo
Cara virada e atenção na varanda
é doer sem motivo
Dar não pro dia e sim pro rebelde
é viver sem sentido
Cola já gasta grudando buraco
é querer ser teu vício"
CFICENMAEINTTE MSANGEEM
"QREUO QUE SUA POSESA EDNTENA
O QUE MHINA CSUFNOÃO GIRTA
QNAUDO NÃO QREUO FLAAR
DXEIE PRA DIOEPS O QUE É ICRETNO
QUE O ERDARO É MONES TROTO
SE A IEDÍA É DE LAVER
EU SEI E VCOÊ SBAE QUE DIRAA
SE EM ASACO ALUGM DIA
NSOSO CMIHNAO CZARUR
POR QUE NÃO PDOE SER BEM LGOO AROGA
SE O QUE IDEMPE ATÉ OTRUORA,
MÊS ARTÁS NÃO ETISIXA?"
O QUE MHINA CSUFNOÃO GIRTA
QNAUDO NÃO QREUO FLAAR
DXEIE PRA DIOEPS O QUE É ICRETNO
QUE O ERDARO É MONES TROTO
SE A IEDÍA É DE LAVER
EU SEI E VCOÊ SBAE QUE DIRAA
SE EM ASACO ALUGM DIA
NSOSO CMIHNAO CZARUR
POR QUE NÃO PDOE SER BEM LGOO AROGA
SE O QUE IDEMPE ATÉ OTRUORA,
MÊS ARTÁS NÃO ETISIXA?"
Auto da Humanidade
Ato I
"Antes do submundo por que haveria o alto?
Não existe amor sem ódio, nem claridade sem breu
Falsa é toda barroquice, a verdade exponho em auto
Te mantenho assim desperto sem acordo com Orfeu
Civilização perfeita não pode passar de unidade
O poder cega o leproso assim como o paladino
Harmonia só resiste até quando ainda há vale
E a trupe unida e paga entretém o trono à vinho
Mas bebida querem todos, porque contentar com destino?
Cresce em ventre ocioso o feto podre da vingança
Já maduro angaria palitos de chumbo albino
Rouba espadas travestidas para inclinar balança"
Ato II
"Corre solta chama ardente da notícia em sub-pano
Na reflexão tardia cada qual pende vil face
Sabe o trono o que virá, en sem ter plano
Limpa sem fazer esforço a sujeira que há na base
Como líder lutados surge Gabriel em cena
Chance dúbia mostra o peito que protege sem escudo
Decisões por conta própria sem ver a mão que coordena
Encabeça moto e encaminha grupo mudo
Equilíbrio de mandato torna peleja acirrada
Quando torta para um lado, logo volta horizontal
A luta é finda criando mundos opostos em lata
Olhos furados são castigo, traz cegueira coloidal"
Ato III
"Bem como sal e gelo, asas tocam o que é escuro
Projeções desesperadas de um gárgula que tateia
Um império do pó nasce onde sangue só há puro
Nos vãos lava que escorre, no centro dor que incendeia
Supervisiona o rebanho um lord marcado à ferro
A vergonha superada pela cr4ença que há em mente
Por dentro da carne a ausência do que e e belo
E o olhar inexistente que o vôo mira em frente
Forjadas as armas quentes, põe-se em fila vasto bando
De um lado o medo de encerra, do outro já infla e levita
Encorajam frente à mortenum só coro alto canto
Os dias passados se foramo que ao ódio facilita"
Ato IV
"A guerrilha é segunda, mas os lados se extenderam
Negritude se mistura à cada branco que invade
Cinza rouco cobre o tempo num espaço que perderam
Morte em milhões de altares manda que o céu se cale
O destino de quem fracassa mistura sórdidos sabores
Em caldeirão que fulgura elimina a lembrança
No novo chão que renasce sob a forma deça
Berço pronto e situado entre inferno e paraíso
Lança as regras vencedor, mas quem perde já palpita
Acordo selado e cumprido, só falta nome e juízo
Da escória de uma rixa nasce o homem, Terra habita"
"Antes do submundo por que haveria o alto?
Não existe amor sem ódio, nem claridade sem breu
Falsa é toda barroquice, a verdade exponho em auto
Te mantenho assim desperto sem acordo com Orfeu
Civilização perfeita não pode passar de unidade
O poder cega o leproso assim como o paladino
Harmonia só resiste até quando ainda há vale
E a trupe unida e paga entretém o trono à vinho
Mas bebida querem todos, porque contentar com destino?
Cresce em ventre ocioso o feto podre da vingança
Já maduro angaria palitos de chumbo albino
Rouba espadas travestidas para inclinar balança"
Ato II
"Corre solta chama ardente da notícia em sub-pano
Na reflexão tardia cada qual pende vil face
Sabe o trono o que virá, en sem ter plano
Limpa sem fazer esforço a sujeira que há na base
Como líder lutados surge Gabriel em cena
Chance dúbia mostra o peito que protege sem escudo
Decisões por conta própria sem ver a mão que coordena
Encabeça moto e encaminha grupo mudo
Equilíbrio de mandato torna peleja acirrada
Quando torta para um lado, logo volta horizontal
A luta é finda criando mundos opostos em lata
Olhos furados são castigo, traz cegueira coloidal"
Ato III
"Bem como sal e gelo, asas tocam o que é escuro
Projeções desesperadas de um gárgula que tateia
Um império do pó nasce onde sangue só há puro
Nos vãos lava que escorre, no centro dor que incendeia
Supervisiona o rebanho um lord marcado à ferro
A vergonha superada pela cr4ença que há em mente
Por dentro da carne a ausência do que e e belo
E o olhar inexistente que o vôo mira em frente
Forjadas as armas quentes, põe-se em fila vasto bando
De um lado o medo de encerra, do outro já infla e levita
Encorajam frente à mortenum só coro alto canto
Os dias passados se foramo que ao ódio facilita"
Ato IV
"A guerrilha é segunda, mas os lados se extenderam
Negritude se mistura à cada branco que invade
Cinza rouco cobre o tempo num espaço que perderam
Morte em milhões de altares manda que o céu se cale
O destino de quem fracassa mistura sórdidos sabores
Em caldeirão que fulgura elimina a lembrança
No novo chão que renasce sob a forma deça
Berço pronto e situado entre inferno e paraíso
Lança as regras vencedor, mas quem perde já palpita
Acordo selado e cumprido, só falta nome e juízo
Da escória de uma rixa nasce o homem, Terra habita"
Colante Amarelado
"Você é o seminário onde mato a saudade de Mafra,
e o licorzinho branco que ainda não faziam.
Kuka de Amarula?"
e o licorzinho branco que ainda não faziam.
Kuka de Amarula?"
Hum
"Antes de te falar pensei castelo
falei, e comprei trinta tijolos
Linha do XX?Trava.
E amanha?E em quatro?
Hum.
Traz as plantas?"
falei, e comprei trinta tijolos
Linha do XX?Trava.
E amanha?E em quatro?
Hum.
Traz as plantas?"
Cimentismo
"Chuva na janela faz travesseiro gritar
De mil léguas chega a falta, a grade aberta, o descampado
Luva!!!
Gota cai, bate, repica
pedra salta à lança albina
Luva!!!
Ensaboa, polonesa, essa virada
No reflexo da bolha uma virada
Luva!!!
Raio na flanela longe aqui vem bracejar
pega a mão do analfabeto e te mostra outro traçado
Dedos."
De mil léguas chega a falta, a grade aberta, o descampado
Luva!!!
Gota cai, bate, repica
pedra salta à lança albina
Luva!!!
Ensaboa, polonesa, essa virada
No reflexo da bolha uma virada
Luva!!!
Raio na flanela longe aqui vem bracejar
pega a mão do analfabeto e te mostra outro traçado
Dedos."
Espiral
"Em importância sou prato raso
mas cartola sem fundo em orgulho
dilacera no campo a questão
entro o macro e o micro em outubro
Inflo a tez para o auto que sigo
me mentindo em tentar ser alguém
quando o fim mostra mais grão de pó
com agulha me pagam refém
Se o ser e o seguir são só meus
e não posso driblar lantejoula
de que vale tentar brincar deus?
E se resta qualquer moça adulta
a querer sorvetar pela praça,
que se faça pra nunca tal luta"
mas cartola sem fundo em orgulho
dilacera no campo a questão
entro o macro e o micro em outubro
Inflo a tez para o auto que sigo
me mentindo em tentar ser alguém
quando o fim mostra mais grão de pó
com agulha me pagam refém
Se o ser e o seguir são só meus
e não posso driblar lantejoula
de que vale tentar brincar deus?
E se resta qualquer moça adulta
a querer sorvetar pela praça,
que se faça pra nunca tal luta"
Pílula XVII
"Quero bala geladinha
pra matar ansiedade
põe em água-maria a laranja
e de lá tira gás de criança"
pra matar ansiedade
põe em água-maria a laranja
e de lá tira gás de criança"
sábado, março 12, 2005
Frevo de sinestesia
"Se meu azul for teu verde,
e teu branco o meu vermelho,
Como vou cantar meu samba
Colorido e de bueiro?
Sendo roxo meu amor,
e azul cor de seguro,
Que cheiro pode ter amarelo
se não for de azedo puro?
Mas sendo tua vida rosada
e adocicada a guinada,
Concordo com teu kiwi cor-de-palha
mas pra mim quero lilás de alvorada"
*meu lilás sempre vai ter cheiro de lavanda*
e teu branco o meu vermelho,
Como vou cantar meu samba
Colorido e de bueiro?
Sendo roxo meu amor,
e azul cor de seguro,
Que cheiro pode ter amarelo
se não for de azedo puro?
Mas sendo tua vida rosada
e adocicada a guinada,
Concordo com teu kiwi cor-de-palha
mas pra mim quero lilás de alvorada"
*meu lilás sempre vai ter cheiro de lavanda*
Me-editação
"Baila comigo, crossword de arandela
me diz ser só essa noite sempre tua cinderela
juro às seis voltar pra casa, pro meu mundo paralelo
seis do três do ano dez mil, se eu sumir com o Universo
Vou eternizar você nos meus versos de aquarela
e ressuscitar o vivo louco amor dessa novela
desatar os nós que ainda não existem no novelo
infiltrar em cada grão teu toque plasma por inteiro
Me ama comigo, engana a bala de respeito
me levo contigo, se é que há volta ou qualquer jeito
de subir pro céu de cima outro anjo por direito
bolo um plano de alquimia pra realizar tal feito"
me diz ser só essa noite sempre tua cinderela
juro às seis voltar pra casa, pro meu mundo paralelo
seis do três do ano dez mil, se eu sumir com o Universo
Vou eternizar você nos meus versos de aquarela
e ressuscitar o vivo louco amor dessa novela
desatar os nós que ainda não existem no novelo
infiltrar em cada grão teu toque plasma por inteiro
Me ama comigo, engana a bala de respeito
me levo contigo, se é que há volta ou qualquer jeito
de subir pro céu de cima outro anjo por direito
bolo um plano de alquimia pra realizar tal feito"
Encomenda particular de votos simples de pré-futuro
"Vai menestrél, poetar cada vão de louça
preencher com flor a tua andança
que o barão do tempo iniciou
Vai, mas carrega na mala a lembrança
a memória de fio de balança
que o teu picadeiro mostrou
Voa longe, mas marca o caminho
segue em bando mas sempre sozinho
traz de volta o deixado pra trás
E assim, quando o fruto for doce
volta ao verde, mas não mate à foice
e no chão cospe o amargo que fica
Guarda bem cada peão do jogo
pra mais tarde voltar e ler, rouco
e ver quantos em rei transformou
Deixo assim cada voto de apreço
e uma prece que vento te leve
onde for que pertença o teu verso
E que faça de sol ventania
que transforme em mel luz de dia
ou de amor tire breve cantar
Bote em faces sorrisos discretos
de quem antes perdeu todo afeto
e não tinha à que recorrer
Seja leve, tranquilo e sereno
mesmo quando deitado sem feno
não tiver o que te merecia
E entende que não é qualquer
que enxerga além do viés
harmonia na festa das letras
Mesmo quando cansado da trilha
estiver, ou quiser ter partilha
lembra o louco que ri de bobagem
Tira dele e de cada descida
combustível pra ter na subida
e armazena com água-de-cheiro
Vê no espelho raio de fundura
sem deixar de lado ré ternura
e aninha estampado na cara
E embrulha e me manda de volta
o furor que te bater à porta
quando o mundo quiser ler você
Já que o ponto que foi de partida
do trajeto, até então de ida
não cabe no que há de crescer"
*ah queria ter feito mais...mas ia virar um jogral mega-modernizado=P*
preencher com flor a tua andança
que o barão do tempo iniciou
Vai, mas carrega na mala a lembrança
a memória de fio de balança
que o teu picadeiro mostrou
Voa longe, mas marca o caminho
segue em bando mas sempre sozinho
traz de volta o deixado pra trás
E assim, quando o fruto for doce
volta ao verde, mas não mate à foice
e no chão cospe o amargo que fica
Guarda bem cada peão do jogo
pra mais tarde voltar e ler, rouco
e ver quantos em rei transformou
Deixo assim cada voto de apreço
e uma prece que vento te leve
onde for que pertença o teu verso
E que faça de sol ventania
que transforme em mel luz de dia
ou de amor tire breve cantar
Bote em faces sorrisos discretos
de quem antes perdeu todo afeto
e não tinha à que recorrer
Seja leve, tranquilo e sereno
mesmo quando deitado sem feno
não tiver o que te merecia
E entende que não é qualquer
que enxerga além do viés
harmonia na festa das letras
Mesmo quando cansado da trilha
estiver, ou quiser ter partilha
lembra o louco que ri de bobagem
Tira dele e de cada descida
combustível pra ter na subida
e armazena com água-de-cheiro
Vê no espelho raio de fundura
sem deixar de lado ré ternura
e aninha estampado na cara
E embrulha e me manda de volta
o furor que te bater à porta
quando o mundo quiser ler você
Já que o ponto que foi de partida
do trajeto, até então de ida
não cabe no que há de crescer"
*ah queria ter feito mais...mas ia virar um jogral mega-modernizado=P*
sexta-feira, março 11, 2005
Verde, Manzanilla
"E em meio à formigueiro pude achar um vegetal
Cor de céu em dia limpo e cheiro de gelo em cristal
Se se esconde, logo surge, com um riso em cada mão
Um presente escondido, um mar, um vinho, uma canção
Melodia sem dor pronta que se faz ouvir no dia
Segurança em bermudas e paralisia fria
Avalanche de tormenta que ecoa nos sentidos
Pedra bruta e lapidada que escorre sem zumbidos
Quê de louco, farto, insano
Mesmo quando em briedade
Dorme calmo em metro e pano
Encomenda entregue e pronta
E em cada verso feito
Pouco de você se encontra"
*choro mesmo*
Cor de céu em dia limpo e cheiro de gelo em cristal
Se se esconde, logo surge, com um riso em cada mão
Um presente escondido, um mar, um vinho, uma canção
Melodia sem dor pronta que se faz ouvir no dia
Segurança em bermudas e paralisia fria
Avalanche de tormenta que ecoa nos sentidos
Pedra bruta e lapidada que escorre sem zumbidos
Quê de louco, farto, insano
Mesmo quando em briedade
Dorme calmo em metro e pano
Encomenda entregue e pronta
E em cada verso feito
Pouco de você se encontra"
*choro mesmo*
Ciranda de roda
"Saci-pererê, saci-pererê,
você não me vê,
não vou na rua por você,
volte o dez, vêm cá, me dê!
(...)
Gargalhada milhar"
você não me vê,
não vou na rua por você,
volte o dez, vêm cá, me dê!
(...)
Gargalhada milhar"
Engordando 20kg
"Entre mero sim e não, dominó de consequências
entre vem e vai embora, extenso rio de incongruência
cada abismo o verde-musgo de um atalho só perdido
cada rastro um rosa surdo do que foi em desafio
Uma decisão tomada modifica itinerário
invés de lobo-guará, borboleta em relicário
no lugar de folha seca, cogumelo alucinógeno
por um lado, cura em gotas, pelo fundo, amor destrógiro.
Cansei de pensar:
pulo e plano"
*danem-se os neologismos conhecidos*
entre vem e vai embora, extenso rio de incongruência
cada abismo o verde-musgo de um atalho só perdido
cada rastro um rosa surdo do que foi em desafio
Uma decisão tomada modifica itinerário
invés de lobo-guará, borboleta em relicário
no lugar de folha seca, cogumelo alucinógeno
por um lado, cura em gotas, pelo fundo, amor destrógiro.
Cansei de pensar:
pulo e plano"
*danem-se os neologismos conhecidos*
R-emoção
"A foto na parede e os olhinhos de menina
a grama tão gigante, a estátua de leão
o arbusto que espetava, e a mexerica e as canetinhas.
Meu deus, quanta memória...
e eu nem sabia que ia ser promovida à maluquinha!"
a grama tão gigante, a estátua de leão
o arbusto que espetava, e a mexerica e as canetinhas.
Meu deus, quanta memória...
e eu nem sabia que ia ser promovida à maluquinha!"
sábado, março 05, 2005
Tela preta
"Quero contar cada compasso dançado sem você
Todo sorriso pela metade e jantar sem sal nem suco
Pra comparar com o que você fez, menestrél de cinema russo
Pôr ao lado do avesso de bordel e beco imundo
E depois? E então?
Sinto muito. Estamos em horário nobre,
E nem toda criança sabe conviver com o abraço"
Todo sorriso pela metade e jantar sem sal nem suco
Pra comparar com o que você fez, menestrél de cinema russo
Pôr ao lado do avesso de bordel e beco imundo
E depois? E então?
Sinto muito. Estamos em horário nobre,
E nem toda criança sabe conviver com o abraço"
Imagens de paisagem sem calor
"Minha saudade é pó de sonho,
Areia fina que cega os olhos
E entra em cada narina.
Uma viga estreita e longa,
Onde abaixo um rio aponta
E mera brisa faz balançar.
Pomar sortido só de macieira
Cada tronco, uma bobeira
Um canto, um sopro um deslizar."
Areia fina que cega os olhos
E entra em cada narina.
Uma viga estreita e longa,
Onde abaixo um rio aponta
E mera brisa faz balançar.
Pomar sortido só de macieira
Cada tronco, uma bobeira
Um canto, um sopro um deslizar."
Pílula XV
"Agora conheço cada vão, fresta e canto do meu teto.
Sei dizer metragem de paredes, cor de chão e até textura.
Posso descrever sorriso meu no escuro, mesmo sem espelho:
Ficou desenhado no reflexo dos dias que foram e virão"
Sei dizer metragem de paredes, cor de chão e até textura.
Posso descrever sorriso meu no escuro, mesmo sem espelho:
Ficou desenhado no reflexo dos dias que foram e virão"
sexta-feira, março 04, 2005
Pílula XIV
"Hoje sou só vertigem, enjôo, naufrágio.
Viagem?
Sim. Mas nas curvas das minhas entranhas."
Viagem?
Sim. Mas nas curvas das minhas entranhas."
Meu recado.Meu pecado?
"Sou eu mesma quando grito e escandalizo
Maria, Amélia, mais mil faces num sorriso
Então berro, sento em peitoral de varanda
Onde vem ramo de lavanda pra levar tão bom recado
Leva já, não se demora, voa agora
Mas carrega com cuidado pois me pus nesse embrulho
E ao chegar, aninha em braço esse adereço
Com a certeza de ser este o peito, o lábio, o endereço
Caso erre, se corrija sem demora,
Pois não quero que em aurora venha outro que não este
E sendo certo, volte e conte na janela
Se o olhar de quem me espera foi de sonho ou de alfazema"
Maria, Amélia, mais mil faces num sorriso
Então berro, sento em peitoral de varanda
Onde vem ramo de lavanda pra levar tão bom recado
Leva já, não se demora, voa agora
Mas carrega com cuidado pois me pus nesse embrulho
E ao chegar, aninha em braço esse adereço
Com a certeza de ser este o peito, o lábio, o endereço
Caso erre, se corrija sem demora,
Pois não quero que em aurora venha outro que não este
E sendo certo, volte e conte na janela
Se o olhar de quem me espera foi de sonho ou de alfazema"
Juramento singelo, sincero
"Como posso ter saudades se não vi,
ou ainda sentir bem com quem não toco?
Ah, vida...que peça me pregou!
Logo eu, tão cheia de mim, assim em foco?
Então te juro, vida traquina, escuta bem
Me rouba isto e te caço tempo afora
Me nega o resto e me faço fauna e flora
Pra morrer e te tirar toda a beleza"
ou ainda sentir bem com quem não toco?
Ah, vida...que peça me pregou!
Logo eu, tão cheia de mim, assim em foco?
Então te juro, vida traquina, escuta bem
Me rouba isto e te caço tempo afora
Me nega o resto e me faço fauna e flora
Pra morrer e te tirar toda a beleza"
quinta-feira, março 03, 2005
Errata
"Dormi triste,
com o telefonema que não veio.
Que bobagem...não tens meu número!
És o próprio."
com o telefonema que não veio.
Que bobagem...não tens meu número!
És o próprio."
Pílula XIII
"Meu desejo mais profundo
é viver sempre slow-motion.
Me acompanha?
Cubro cada noite sua com um arquejo."
é viver sempre slow-motion.
Me acompanha?
Cubro cada noite sua com um arquejo."
quarta-feira, março 02, 2005
Conte de fées, Monde féerique, Routinier
"Sou culpada por sonhar sempre com nuvens?
Ingênua em querer mudar juízo e sina?
Não me culpa, quando preciso é de teatro...
E não me julga, quando despencar de cima.
Se de uma palavra faço tijolo,
E de mobília, minuto de atenção,
Não fura meu orgulho com espinho
Nem me conta cada passo dado em vão...
Assim me morro!Do avesso teço um beijo;
Se piso em piso de algodão,
Ou danço valsa sem salão
Se a cada som eu viro sonho
Deixa estar...
Se quer, salva o que ficar
Em meu dia sou fada, pela noite madrugada
Allumeuse só em reino, impossível tempo inteiro...
E ainda idéaliste quando o tempo atrasa e sobra
Que falta?
Monsieur."
Ingênua em querer mudar juízo e sina?
Não me culpa, quando preciso é de teatro...
E não me julga, quando despencar de cima.
Se de uma palavra faço tijolo,
E de mobília, minuto de atenção,
Não fura meu orgulho com espinho
Nem me conta cada passo dado em vão...
Assim me morro!Do avesso teço um beijo;
Se piso em piso de algodão,
Ou danço valsa sem salão
Se a cada som eu viro sonho
Deixa estar...
Se quer, salva o que ficar
Em meu dia sou fada, pela noite madrugada
Allumeuse só em reino, impossível tempo inteiro...
E ainda idéaliste quando o tempo atrasa e sobra
Que falta?
Monsieur."
terça-feira, março 01, 2005
Pílula Natalina
"Papai-Noel, Papai-Noel...que dó de você!
Quanto peso em julgar a índole de uma criança."
Quanto peso em julgar a índole de uma criança."
Não tenho intenção de titular
"Minha maior culpa é não ter chorado pela Vó Nena.
E tem a santa, que me dói e me protege.
Nossa Senhora da Saúde, como pedi e ela deu.
Domingo vi um crochê que ela fez...
Passei entre os dedos...como a sentir ela ali.
Como se visse a velhinha lá embaixo, perna cruzada, a crochetar.
Paula, lembra da tesoura virada?Do "psiu"?Da moto flutuante?
Como a vida prega peças. Deve estar de mal de mim.
Até a Paula está longe. Como dói!
Vida, dá o dedinho?
Juro ser mais boazinha."
*ela não quis fazer as pazes...e se eu chorar?*
E tem a santa, que me dói e me protege.
Nossa Senhora da Saúde, como pedi e ela deu.
Domingo vi um crochê que ela fez...
Passei entre os dedos...como a sentir ela ali.
Como se visse a velhinha lá embaixo, perna cruzada, a crochetar.
Paula, lembra da tesoura virada?Do "psiu"?Da moto flutuante?
Como a vida prega peças. Deve estar de mal de mim.
Até a Paula está longe. Como dói!
Vida, dá o dedinho?
Juro ser mais boazinha."
*ela não quis fazer as pazes...e se eu chorar?*
Licorzinho, licorzinho...que saudade!!!
"Hoje falei com a vó Teresa
ela me deu um abraço apertado de vó...
Sonho, só assim pra ser agora.....
Vó Teresa se foi,
E com ela enterrei muitas lembranças de infância.
Senti o coração apertado...a primeira revolta séria da minha meninice.
Gritei. Chorei, aproveitei meu direito da idade.
Cada gota expulsava um bom momento...
Primeiro o licorzinho. O gasosão vermelho. As bonecas de relógio.
Por último, a imagem da vó cuidando do jardim tão mimoso, como bem lembro.
Agora só em sonho, lembrança, álbum de fotos.
E quando ela, sempre ela, me receber nos portões do céu."
*agora fiquei triste*
ela me deu um abraço apertado de vó...
Sonho, só assim pra ser agora.....
Vó Teresa se foi,
E com ela enterrei muitas lembranças de infância.
Senti o coração apertado...a primeira revolta séria da minha meninice.
Gritei. Chorei, aproveitei meu direito da idade.
Cada gota expulsava um bom momento...
Primeiro o licorzinho. O gasosão vermelho. As bonecas de relógio.
Por último, a imagem da vó cuidando do jardim tão mimoso, como bem lembro.
Agora só em sonho, lembrança, álbum de fotos.
E quando ela, sempre ela, me receber nos portões do céu."
*agora fiquei triste*
Droga de conceito
"Fui dormir, vi um corpo à minha espera
fecho os olhos, reabro, pisco forte:
e o danado ainda lá, e com jeito de quem reza!
Me diz que é o diabo, fica se´rio quando rui.
Mas quem ia acreditas, inda mais se tem juízo?
Me promete o que só vejo em sonho.
que mal há em fazer trato com o demônio?
Paro. Penso. Calo.
Em pensamento xingo toda a humanidade.
Recusei.
Malditos filmes de terror!"
*até no que eu não enxergo...*
fecho os olhos, reabro, pisco forte:
e o danado ainda lá, e com jeito de quem reza!
Me diz que é o diabo, fica se´rio quando rui.
Mas quem ia acreditas, inda mais se tem juízo?
Me promete o que só vejo em sonho.
que mal há em fazer trato com o demônio?
Paro. Penso. Calo.
Em pensamento xingo toda a humanidade.
Recusei.
Malditos filmes de terror!"
*até no que eu não enxergo...*
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