segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Som da revolta, ar de traquina, alma sem volta

"Meia noite almocei,
por que estranha?
Tive frio, me unhei,
me traz quem ama!
Não quero me acabar como gelo ou dia,
Temo ter que precisar de companhia
Ao dormir quero sonhar mas rolo e fico
Abro os olhos me imagino em contraste
Quando vejo ja passou-se tanto tempo
Quase dia, céu se expõe pro sol que nasce...
E se eu dormir?Nunca acordar?Fingir sair?
Quero que morram os que agem sem vontade.
Quero que explodam cada grama de humildade.
Quero sumir com cada gesto de bondade.
Vou permitir somente os gênios de verdade...
E por favor não me odeie por isso."

Sonho sonhado, dia deixado

"Bala, me embala, repara no meu vestido
revestido em laranjeira, pára e pula essa rasteira
Deita, me enfeita, traz um grão de cafeína
vespertina já se ia quando a folha revoôu;
Deito em meu leito rejeito o sono que sonda
sombra mexe, me assombra, leva embora, leve, leve!
Leve, releve, revele o que se esconde,
alto monte já cantava quando o sol se levantou;
dia voou...
Alta lua já se via, baixa maré se encolhia
pouco amor como andorinha seguiu bando e chão deixou.
Quarto chorou..."

Pílula XI

"As visitas não querem saber
as visitas demoram pra ir
as visitas só vem pra comer
beber, jogar, dormir.
Vassoura na porta:se foram.
...
Grilos. Silêncio. Calmaria.
...
Como viver sozinho?"

*tô me sentindo sozinha*

Pílula X

"Janeiro tem jeito de chuva
mas sola.
Riacho tem cheiro que seca
mas molha.
Eu?
Tenho quê de anjo.
Mas morro."

*tum-tsch-dum*

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Resposta à altura

"só poeta co-responde
com andatto outro poeta
mesmo o corpo estando longe
mente ágil, vento leva
recupera, vem de onde?
ouve lingua universal
mesmo quando um texto esconde
de quem toca, vêm aval
agradeço...reconheço...
enlouqueço com a missão
atingi quem no começo
tencionei tocar sem mão"

*com incentivo tudo flui*

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Pílula Psico-Gastronômica

"Você sonha colorido?
Com fala, gesto e ruído?
Não mesmo...com alguns é assim.
Sua vida deve ser muito um chão partido:
Falta sal, rum, gergelim..."

Confissão

"A chuva vem terra lavar;
Num choro eu vi tua mão.
O céu vai do chão ao luar;
Num livro busquei solidão...
O abraço quer ombro encontrar.
Pensei ter perdido num vão...
Se durmo, tenciono sonhar
Do amor, só resta limão
Confissão.
No ar, confusão.
Dormi no pomar"

*leave your message after bip*

Pílula Mobília

"Quis ser sala, varanda, quintal,
Tentei ser quarto, cozinha, lavabo,
Não adianta: sem você sou só corredor"

*repetindo:não estou apaixonada*

Pílula Noturna

"Como pode arbusto esconder parte de lua?
Tudo tem grandeza;
e o pequeno pode crescer aos olhos"

*não tô apaixonada não*

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Mais Buracos de Minhoca

"Tarde vazia; fui desenhar na calçada
Com carvão, tijolo de construção, construí fantas-morada;
Já tenho um chão. Paredes. Falta teto?
Não! Quero que chova!

Dia de nuvem; vou vender soda na rua
Tenho placa, gelo e limão: vesti a calçada nua;
Ganhei moedas. Trocados. Faltam notas?
Nao! Quero silêncio!

Como quis, choveu, lavou tijolo;
Como quis, aquietou. E agora?
Vou ver se morro."

*Quando acho que consigo expressar o que quero releio e não entendo nada*

Receita pra um dia chato de Sol

"Joga sal, açúcar e farinha, e vêm misturar na canção.
Junta água, calor e Ana Maria, mexe até desgrudar da mão.
Leva ao vento, num dia de chuva fina, deixa até virar carvão.
Serve em pouca cuia amaralina, em bandeja de algodão."

*Nunca viu chover em dia de Sol não? Nunca foi em casamento de viúva, nem de espanhol?*
**Se é pra xingar sempre que lê, porque me visita?Não tem ninguém te obrigando.**

domingo, fevereiro 20, 2005

O Milagre do Vinho Modificado

"Chorei quando a dor chegou às mãos.
Gritei, e ouvi meu eco no escuro.
Vi a gota cair, tinta em red,
Manchando o tapete da sala.
Pingou trilha rubra em neve branca.
O mar não é mais biscoitão: É cabidela."

*Vou no bar pedir uma dose. Eles servem Lexotan?*

Um Anjo, um Banjo, um Bife.

"Conheci um anjo de duas asas.
Não tinha muita cara de anjo, a não ser pelos olhos claros.
Não usava uma camisola, mas jeans e all star.
Chorava, um choro silencioso de arrependimento,
Pois teve as asas cortadas.
Estranho.
Me fez lembrar minha infância."

*EU SEI que não falei nada sobre banjo e menos ainda sobre bife. E problema seu se você não entendeu. Não entendeu porque não quis, pensa um pouco e você chega lá...viu só?Não foi tão difícil né^^*

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Pílula IX

"Serão lágrimas vindas de poços ou lagoas?
Não. Poços secam, lagoas findam.
Lágrimas são eternas."

*Tá olhando o quê?Nunca ficou triste seu tonto?Humpf.*

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Um filme, um vídeo, um verso

"Morri num sol de fim de tarde,
Abri o abraço à construção
Gritei em silêncio à tempestade
Que aguasse à tinta vil borrão.

Num segundo tudo coube de repente;
Um instante que abrigou toda lembrança
Como criança, vi estendidos no tapete
Cada vírgula da minha vã andança.

A última página do meu livro é folha branca;
A última nota da partitura é uma pausa;
O último passo dessa dança é de estátua;
O fundo do velório é uma valsa.

Os olhares que dirijo estão mudos.
As palavras que repito são vazias.
Meus abraços só encontram puro muro;
Beijo espelho só pra ver que tenho em troca.

E prendendo os ouvintes,
Nos créditos finais,
Depois dos agradecimentos,
Uma nota: Baseado em fatos reais."

*Porque tem dias que o céu não é azul o.O*

domingo, fevereiro 13, 2005

Círculo Vicioso, Viciado

"Pra ser eterno, te preciso;
pra ser conciso, com letras mato;
pra ser exato, coloco um bolero;
pra ser sincero, faço um alarde;
pra ser verdade, mentiras num mito;
pra ser bonito, te ponho um anel;
pra ser cruel? Colo materno."

*Preciso trabalhar*

Teoria do Caos Adaptada

"Se eu não tivesse partido,
Se não tivesse afastado,
Se não fosse descabido,
Se tivesse despertado...

Se antes tivesse dito,
Se uma pancada bastasse,
Se tivesse conhecido,
Se o dia se arrastasse...

Se tivesse mais coragem,
Se movesse a engranagem,
Se não fosse inconsequente,
Se nascesse mais prudente...

Talvez fosse livre em crescer.
Talvez respeitasse o querer.
Talvez não te visse morrer.
Talvez eu não deva saber."

*Sim, eu AMO a teoria do caos. Não tem como não pirar*

Pílula VIII

"De pomba à morcego,
Legítima defesa"

*Não entendeu?Problema seu.*

Resumo da Ópera

"Estique a vida até uma linha.
quantos braços são precisos?
Com feijões, marque o caminho.
quantos grãos já viajei?
Trace o mapa em azulejo.
giz-de-cera ou hidrocor?
Sopre beijos, realejo;
pra cada vento um sabor"

*surtei mesmo*

sábado, fevereiro 12, 2005

MetamorFASES

"Essa música, sim, essa música!
Que a meus olhos consegue tocar com encanto.
Sim, aos olhos, pois aos ouvidos qualquer faz.
Notas de um 4:4 singelo e orgulhoso.
Shhh...silêncio agora!
(...)
O clarinete me soa como punhal.
A flauta doce me amarga a garganta.
Sou um Midas, mas ao reverso:
Tudo que sonho abafa.
Shhh...silêncio, como outrora!
(...)
Ah, vida esperta, vida ligeira!
Que das belas artes faz marchas fúnebres.
Tão simples tirar dos tons as melodias!
Tão fácil roubar dos sons as sintonias!
Tão triste matar do peito as alegrias...
Shhh...silêncio, vou embora."

*juro que não bebi*

Pílula sem número

"Porque o sangue-com-osso
Beira o água-com-açúcar?
Entendo porque não agrado.
Sou hortelã-com-fantasia"

*a tia do laboratório pôs algo naquela agulha*

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Resumo

"O QUÊ?!NEM MORTA!
...
Hum...Tá bom."

*incrível como três frases definem uma pessoa*
**sim, ... consituem uma frase pra mim**

Pílula VII

"Não sou de vidro, pode abraçar
Você me pega mas com medo de quebrar"

terça-feira, fevereiro 08, 2005

Pílula sem nexo

"Minha vida deve estar mesmo um caos;
sonhei com um buraco de minhoca,
e agora ouço vozes"

*???*

Pílula VI

"De ponta-cabeça,
até vesgo é padrão de beleza"

*lixo?e se embaixo tivesse escrito Carlos Drummond de Andrade, ficaria melhor?*

**pega uma foto tua e observa de ponta-cabeça. entendeu agora?**

Uma idéia aleatória bem besta

"Há tempos a Terra foi plana, sustentada por quatro elefantes
Mas os ponteiros trabalham sem cessar, e os tempos são outros
Habitamos um globo, que rodopia sobre o nariz de uma foca.
Divertimos o picadeiro.
Os deuses nos aplaudem sob a lona do Universo.
Enquanto isso, uma criança dorme, sonhando com uma roupa de bailarina."

*se eu nao me conhecesse diria dei uns pics na veia pra escrever isso. que nada a ver*

Pílula V

"Que cola
cola coração?
carro sem freio-de-mão?"

*mail me if you know it*

Pílula IV

"Cruza seus dedos nos meus
as mãos viram ponte entre América e África"

Pílula III

"Quem sabe e decide o que é justo ou injusto?
A maioria?
A maioria passa fome"

Lifeless

"(alarm clock rings)

Cup of coffee, toothpaste and toothbrush
Who's there in the mirror, looking at you?
Cash, sunglasses, key, gotta rush
Where will my legs guide me to?

I hear cars passing, people talking about the news
I just don't see them
Women wait for the traffic lights to go green
I can recognize myself in them

Lost on the rails of my illusion
Without you I survive, but I don't live
Your touch, my fuel, is far away
My heart is tired, he wants to give
and give up"

o.o.o.o.o.o

"Volta...
Volta...
Volta...
Mundo, dá uma volta
Pra ver se tudo volta
Pra ver se o tempo volta
Pra ver se o amor vêm
de volta"

*no papel eu inseri num círculo, aqui não deu. então imaginem*

Morbid, act 1

"Travelling on the alter space of my mind I can see
past and future fuse, leaving present aside
on the traffic of the blood in my vein, hear the pain
there's a system controling my acts

Walking on a dynamic street, feel so weak
sweet wind blows in my face
driving crazily in a highway, in both ways
there's a system controling my acts

A blind puppet with non-stopping dancing shoes
I'm a prisioner of my own body
Locked down by someone who makes the rules
Trying to scream and call somebody"

Covering me

"I don't have the need of being sure, all this is past
even I can't understand my thoughts
They always seem to be running so fast
I can barely see them going, they simply pass

The world keeps spinning around
to live your life, full gas
you've got to turn around with it

Sunrise betrays me every morning, I see it
Wispering a promise that just doesn't work
"New day, new life"; so I spend my days
Waiting for the night that comes to cover me

I dreamt I was running on wheat shields.
Slow motion.

(Child voice)
-Hi. Have you come to rescue me?"

Pílula II

"Não venha me falar, continue a bordar seu tecido
Enovelado de amar, pontos de traição tão temidos"

*se alguém entender por favor me explique*

Show?

"A vida é meu palco
só me falta uma platéia consciente do que faço
de que vale atuar pra quem paga pra assistir?
prefiro o fator surpresa, revelado a quem não fugir
a quem corre, mostro aos poucos, pois prefiro que descubram sozinhos
isso sim faz parte do meu show

Minha mente é meu script
só me falta um revisor imparcial que a julgue convincente
que adianta relermos o que já foi escrito anteriormente?
prefiro o improviso. Cena tecida de modo interativo.
a quem repete linhas, mudo as falas, pois quero que se questionem
isso sim faz parte do meu show

Meu pulsar é minha melodia
só me falta maestro gentil para ordenar meus movimentos
que adianta dançarmos uma mecânica que não sentimos, sonolentos?
prefiro o deixar levar, corpo liberto, a alma a guiar
a quem imita gestos, escondo as sapatilhas, pois mais vale dançarem conforme outra música
isso sim faz parte do meu show

E o show tem que seguir"

*será?*

Seria ótimo se fizesse a diferença

"Nos jornais, notícias de guerra
alguém vivo se importa de verdade?
por um segundo, param e pensam
desligam a TV e caminham pela cidade

O perigo a cada esquina
um sinal fechado pode ser sinônimo de morte
como o mal mora longe e não nos atinge
jogamos pôquer enfrentando a própria sorte

Pra tocar a consciência, só se a foice bater à porta
escapamos por um triz e dizemos ser coincidência
por sentido ou por instindo, desviamos pra outra rota
nos vendamos, amordaçados, num semi estado de demência

Reticências, reticências, reticências
e tudo começa outra vez
nos fechamos, num gesto cortês
como saída, a embriaguez

Eu pergunto se nisso há sentido
ver crianças com a vida ceifada
mães perdidas, chorando caladas
e indiferentes, virarmos a página"

*esse sinceramente acho uma bela porcaria*

Rito de uma Lua Minguante

"Se aproxima uma mulher que desconheço
em volta da fogueira ouço gritos
branca, cabelos ruivos:me entorpeço
diz pra me jogar e fundir os ritos.
Sussurra, mas seu lábio não se move
Diz "acabe com isso; mate o tempo, que corre"
O fogo pode findar a dor,
fumegando lampejos de mais dor.
É esse o único caminho?Não há outra trilha a seguir?
Esse é o nosso mundo. Cada ser é um faquir.
Pule no fogo, ele extingue a dor com mais tristeza
Amanhã tudo nasce melhor, basta destreza
Passando pelo portal os problemas serão outros;
outras dores. Não faz mal. Durmo e sonho.
Acabe tudo. Pule. Queime.
É tudo um jogo, um teste, um game?
Reúno um álbum com fotografias de lástimas
Expressões variadas de dor, sangue, morte e lágrimas.
Em cada face, olhos de quem matei.
Almas roubadas, reflexos partidos: tentativas frustradas de quem tive e não amei."

*acho que sei o que vou jogar no fogo*
"Acendo um cigarro pra ver se o tempo passa,
alivio o pensamento com uma música sem graça
finjo descaso, me concentro num trago
corrôo o estrago com a fumaça que solto

Te vejo ir embora pela porta que abri
Luto contra e perco a briga, te imploro pra não ir

Porque eu não posso te ver ir sem te puxar
Mesmo que você solte a minha mão
Não posso te ver tentar fechar os olhos,
Quero abri-los, sem saber qual a razão
Se tenho direito?Não sei, de verdade
Mas ouço sem você vozes de outra realidade

"Boa noite, meu anjinho" é o que escuto
1000 "te amo"s de 1000 modos diferentes
Mas as bocas que assim falam são as erradas
Procuro a sua, não encontro: ouço calada

Madrugadas em volta é o que peço de volta
Sair pra trabalhar e te encontrar na minha porta"

*acho que ando assistindo muita novela*

Sátira para um sonho besta

"Se o amo?
Sim!Por toda a vida,
até a eternidade,
até que o sol se torne negro
e os mares cubram a cidade.
Quero filhos, pelo menos quatro
Para piqueniques aos domingos e aos sábados, teatro.
O amei desde que meus olhos pousaram nos seus
e sei que em outras vidas nos cruzamos, e demos adeus.
Quem? Não, não é esse. Esse era o meu amor de ontem.
Hoje é outro.
E hoje meu nome é Lídia."

*nada mais tonto*

Forca

"Me agarro à garra viva, minha garganta espreme:

- O tempo me enforca!

(...)

Cada minuto é um algoz"

Relato de uma Drogada

"Sóbria, sofro um surto sem sentido
Meus sentidos, atentos a tudo, me tornam séria
Tem momentos que a beleza de mimfoge
Então cega, surda e muda, nada me resta

Se me altero, rio a toa, sinto a brisa
Nesse estado fujo da realidade
Sem controle, todo ato é imprevisível
Mundo louco, nem o céu é de verdade

O tempo se arrasta, vivo em outra dimensão
Tudo é dito sem passar por revisão
Mas como onda, muitas vezes o efeito passa
E fico dias sob efeito da ressaca

-Qual a cura pro meu vício de amar?"

Poema pílula

"Meu verso pinga sangue, fede morte, exala mentira
Mas quem lê, vê flor ingênua.

-Tudo tão claro, tudo tão simples!"

*muitas vezes nem eu entendo o que quero dizer*

Mais um sem título

"ela vem, ela vê, ela volta
traz de volta a memória de alguém
ela lembra, ela crê, senta e chora
da lembrança se torna refém

A criança e a mãe, ambas vítimas
de um acaso que era pra ser
tudo certo, mas na hora errada
linhas tortas, destino por ler

Um porquê que ficou sem resposta
ela espera a outra entrar pela porta
cama pronta, mesa sempre posta

Não tem volta, pertence ao passado
fica a culpa de ser tudo errado
seu bebê pela morte marcado"

*Aviso que muitas das minhas coisas não tem título*
"vem, venta, ventania
cor, corre, correria
mar, maré, maresia
cor,corte, cortesia

aumento, invento, remendo meu verso
desminto o que sinto fingindo sentir
me escondo em escombro e me mostro sem rosto
releio em assombro o que finjo que gosto

anseio em meu seio teu sono sorrir
me acabo em tormento, a alma a partir
desconto num conto(ou verso?)o reverso
relato, de fato, um perfeito existir

me meto, metonpimia
vi vidrar, vidraria
ex existe: existiria
vis, visto, vistoria"

*estou entupindo aqui com as minhas coisas, mas não sossego enquanto não terminar. nem que seja pra organizar minhas idéias pra mim mesma.*

**ainda ao som de Boa-Noite**

Tanto por Tão Pouco

"Tanto por tão pouco
rouco
grito como em sufoco
(eu) sufoco
foco meus olhos negros
no espelho
cedo padece o velho

Cada fim de estação faz nascer nova esperança
Mas o término do verão mostra sempre a mesma dança
Trocamos as raízes por votos falsos de vida eterna
Destinados a aprendizes de uma fogo fátuo que não liberta

Nem tanto por tão pouco
tampouco
louco por pouco muito
minto
sinto o saber sozinho
finjo
tinto me desce o vinho

Cada fim de estação faz nascer nova esperança
Mas o término do verão mostra sempre a mesma dança

(silêncio de 4 seg)

Tanto por tão pouco
um morto
morro o vazio de um surdo
(ou mudo?)
mudo de direção
sem ação
aciono minha contra-mão

Tanto por tão pouco
(estou) solto
salto ao sabor do vento
que invento
tento mudar o rumo
me assumo
sumo com essa idéia"

Aí mais uma minha...

*ao som de Boa-Noite*

Estréia?

"Fiquei, flor cortada esperando dono
(sem espinho nem nada);
Virei madrugada.

Uma tarde pode ser lembrada por muito teto de relógio mastigado."