segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Um filme, um vídeo, um verso

"Morri num sol de fim de tarde,
Abri o abraço à construção
Gritei em silêncio à tempestade
Que aguasse à tinta vil borrão.

Num segundo tudo coube de repente;
Um instante que abrigou toda lembrança
Como criança, vi estendidos no tapete
Cada vírgula da minha vã andança.

A última página do meu livro é folha branca;
A última nota da partitura é uma pausa;
O último passo dessa dança é de estátua;
O fundo do velório é uma valsa.

Os olhares que dirijo estão mudos.
As palavras que repito são vazias.
Meus abraços só encontram puro muro;
Beijo espelho só pra ver que tenho em troca.

E prendendo os ouvintes,
Nos créditos finais,
Depois dos agradecimentos,
Uma nota: Baseado em fatos reais."

*Porque tem dias que o céu não é azul o.O*

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