E eu nao sei mais o que fazer,
nem como levar os dias que me restam
quando a vida que eu vivo no sonho,
que eu vivo na fantasia minha,
me convida mais que aquela
do abrir de olhos.
Quando de dia
o meu sorriso é feito de vento.
Como competir com esse mundo de mentira,
com esse labirinto imaginado
se nele você vai sempre a um lábio de distância,
a um par de braços de mim?
Quando há tanto tempo para me demorar no seu peito
sem que o relógio devore as horas,
como não querer estender o sono,
indefinidamente?
Me rendo,
me entrego,
desisto,
perdi.