É quase Junho,
e em mim o ano mal começou.
O que fazer daquela lista,
aquela de promessas e novos hábitos
de poucos meses atrás?
O que fazer pra segurar o tempo na coleira,
frear sua habilidade master
de fazer mágica com o calendário,
onde comprar uma gaiola que o prenda
mas que o deixe cantar de vez em quando?
Passeiam pelos meus dedos
as horas que não me esperaram chegar,
passam por mim como trem veloz
que não deixa amadurecer a paisagem
por onde passam seus trilhos.
Se encondem, tímidas da sua aparência etérea,
da volatilidade dos seus tantos braços
e da falta de exatidão das suas cores.
E nessa falsa inocência,
entre o rastro de riso e de vento que deixam pra trás,
fico eu, inconsolável com tudo o que herdei.
Um comentário:
que bonito. foi vc quem escreveu?
como anda a vida?
eu acabei de largar meu doutorado depois de passar um tempo na Palestina de onde minha pesquisa se mostrou verdadeiramente fora de lugar.
agora livre de quase tudo que me prendia volto a asia mas dessa vez sem data de volta.
espero que esteja tudo bem com vc.
beijos
ju
Postar um comentário