E eu vejo o desenrolar do dia de chuva:
dessa água que cai do céu pra lavar desejos,
da calma que invade o ânimo e acorda a alma,
desse exército liquefeito de gotas ínfimas.
E eu me vejo saindo da casca pra ver o dia,
e eu sinto voar do peito esse canto tímido.
E deixando entrar a chuva nos meus cabelos
eu encharco, afogo todo o peso da vida.
É preciso pagar pelos pratos partidos do futuro,
pela tarde, pela noite mal dormida
pelas tantas palavras já ditas e ja repetidas
pela preocupação constante com minúcias.
Um comentário:
Pois é srta!
Pelo jeito as coisas líquidas estão te perseguindo!
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