Maldito homem moderno e seus 100 giga de informação,
maldita avalanche incessante de notícias,
maldito o acúmulo de conhecimento.
Amaldiçoado seja o carro do ano, o gadget de amanhã,
o financiamento que endivida eternamente por banalidades.
Que morra toda regra inútil de conduta,
todo bom comportamento e toda alienação,
que cessem todos os noticiários por um ano.
Que emudecam os automóveis e suas buzinas,
as bancas de jornal e seu fluxo alienígena de novidades.
Que se extingua a obrigação social do jantar de negócios,
o crime de repetir a mesma roupa em festas diferentes,
a monogamia, a monografia e a novela das oito,
que evaporem os paparazzi da vulgaridade e suas lentes de aumento.
Os economistas e seus gráficos de Babel.
Organizemos um velório de proporções nunca vistas,
vamos enterrar em covas consecutivas os salários,
as segundas-feiras, a comida já envenenada e a água de garrafinha.
Vamos botar abaixo tudo aquilo que rejeitamos,
os arranha-céus, as academias de ginástica e as antenas parabólicas.
Abençoada seja a nossa capacidade de mudança.
Porque hoje eu sou só objeto de todas as coisas, sou toda pele e poros abertos, toda ouvidos, toda sabor e paladar.
domingo, março 13, 2011
sexta-feira, março 11, 2011
E eu vejo o desenrolar do dia de chuva:
dessa água que cai do céu pra lavar desejos,
da calma que invade o ânimo e acorda a alma,
desse exército liquefeito de gotas ínfimas.
E eu me vejo saindo da casca pra ver o dia,
e eu sinto voar do peito esse canto tímido.
E deixando entrar a chuva nos meus cabelos
eu encharco, afogo todo o peso da vida.
É preciso pagar pelos pratos partidos do futuro,
pela tarde, pela noite mal dormida
pelas tantas palavras já ditas e ja repetidas
pela preocupação constante com minúcias.
dessa água que cai do céu pra lavar desejos,
da calma que invade o ânimo e acorda a alma,
desse exército liquefeito de gotas ínfimas.
E eu me vejo saindo da casca pra ver o dia,
e eu sinto voar do peito esse canto tímido.
E deixando entrar a chuva nos meus cabelos
eu encharco, afogo todo o peso da vida.
É preciso pagar pelos pratos partidos do futuro,
pela tarde, pela noite mal dormida
pelas tantas palavras já ditas e ja repetidas
pela preocupação constante com minúcias.
terça-feira, março 08, 2011
Essa é poesia pra se ler devagar,
pra se ler respirando fundo...
pra se ver esquecendo as horas,
esquecendo o tempo,
esquecendo o mundo.....
Pra se ler ouvindo Piazzolla,
se sentir devorado a fundo
pra trancar os monstros pra fora,
anular o drama de tudo
Pra soltar o que aconteceu e o que nao será
e ensinar a desaprender a se controlar,
dissipar a infinita bobeira do receio:
sustentar o ser e esquecer qualquer traço de medo
é pra amenizar as idéias dai de dentro,
celebrar a falta de rima da essência
pra deixar se misturarem claro e escuro,
e pra esticar de fato as reticências
pra se ler respirando fundo...
pra se ver esquecendo as horas,
esquecendo o tempo,
esquecendo o mundo.....
Pra se ler ouvindo Piazzolla,
se sentir devorado a fundo
pra trancar os monstros pra fora,
anular o drama de tudo
Pra soltar o que aconteceu e o que nao será
e ensinar a desaprender a se controlar,
dissipar a infinita bobeira do receio:
sustentar o ser e esquecer qualquer traço de medo
é pra amenizar as idéias dai de dentro,
celebrar a falta de rima da essência
pra deixar se misturarem claro e escuro,
e pra esticar de fato as reticências
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