domingo, janeiro 08, 2006

Soneto sem separação

"Como posso investir e sonhar alto
Se contigo vivo sempre a me provar?
E em prova, como vou chegar de um salto
Sem quebrar-me a cada vez que me deixar?

Não existe, entre amores, maior prova
Que o estar e o conviver em ritmia
Tanto quanto não existe vida nova
Se da velha resta toda a euforia

Vem comigo, não te juro eternidade
Mas no nosso infinito eu paro o tempo
Dá-me a mão e vamos juntos sem vaidade

Nos deixemos ser levados pelo vento
Até não se verem luzes na cidade
E embalarmos, corpo a corpo, em sono lento..."

Um comentário:

Alamedas Líricas disse...

"Vem comigo, não te juro eternidade
/Mas no nosso infinito eu paro o tempo/Dá me a mão e vamos juntos sem vaidade" - Que belos versos, de um sensibilidade sincera. Da primeira vez que o li, achei-o interessante, porém hoje parece que ganhou formas mais plenas - essa é a magia da poesia.