"Agora a goteira é só cinza
do fogo que sobra, é só tinta
com cheiro de fruta sem vida
com jeito de tão revolvida"
Porque hoje eu sou só objeto de todas as coisas, sou toda pele e poros abertos, toda ouvidos, toda sabor e paladar.
domingo, junho 26, 2005
sexta-feira, junho 24, 2005
Hoje eu quis chorar
"Hoje eu quis chorar
por todas as crianças já adultas
por todos os adultos já idosos
e todo o tempo não aproveitado...
por toda a imperfeição de ser amado
e toda exatidão dos meus quereres
por todo e qualquer laço renegado
me ensina então, meu mal,
a ser mais bem
pra aproveitar as voltas dessa via
e ser o sinaleiro de parada
das gerações corridas por tão nada
e me alivia o peso de tão pouco
se assim for mais inútil ser tão claro
e o dia for marcado como ouviste"
por todas as crianças já adultas
por todos os adultos já idosos
e todo o tempo não aproveitado...
por toda a imperfeição de ser amado
e toda exatidão dos meus quereres
por todo e qualquer laço renegado
me ensina então, meu mal,
a ser mais bem
pra aproveitar as voltas dessa via
e ser o sinaleiro de parada
das gerações corridas por tão nada
e me alivia o peso de tão pouco
se assim for mais inútil ser tão claro
e o dia for marcado como ouviste"
sexta-feira, junho 17, 2005
Segunda metade
"Agora que é tudo tão corrido,
e que me encontro sem.i.-(m)portante
agora que não moro no meu livro
agora que nem vivo em minha cama?
Me traz pó de flipim pra eu assoprar
ou susto pronto pra eu não assombrar
pontua em semi-breve o meu altar"
e que me encontro sem.i.-(m)portante
agora que não moro no meu livro
agora que nem vivo em minha cama?
Me traz pó de flipim pra eu assoprar
ou susto pronto pra eu não assombrar
pontua em semi-breve o meu altar"
Primeira metade
"Deixei em casa todo o meu rascunho
e aqui me achei sem nada pra dizer
cansei de repetir as mesmas coisas!
Cansei de reclamar e malfazer
Me dá um dia teu pra variar
me dá um tempo teu pra eu variar
me dá uma noite pra eu me vadiar"
e aqui me achei sem nada pra dizer
cansei de repetir as mesmas coisas!
Cansei de reclamar e malfazer
Me dá um dia teu pra variar
me dá um tempo teu pra eu variar
me dá uma noite pra eu me vadiar"
sábado, junho 04, 2005
Sinal de fumaça
"Não tenho paciência pra esperar
pela boa vontade da vida
que tal me ajudar no "pra ontem"?
Te pago em mil prestações de colcheias"
pela boa vontade da vida
que tal me ajudar no "pra ontem"?
Te pago em mil prestações de colcheias"
Um ode sem dê
"Fico cada vez mais fã da poesia
que me mata de sem ar
Susto?
Daqueles de trás da porta."
que me mata de sem ar
Susto?
Daqueles de trás da porta."
Num momento de recordação
"Quero viver nesse mundo de maio
onde o tempo arrasta em círculos concêntricos
e querer assim me aproximar de raio
que me arraste e aos meus vinte eus idênticos
Ou então chegar no tempo de setembro
pra correr do hemisfério regredido
e botar pra funcionar, se bem me lembro,
teorias de ser nada comedido
Quão versátil pode ser um dia ou noite
pra caber num livro curto mais idéias
me admira poder ter talvez mais monte
E ainda descobrir em fotos velhas
reticências incompletas lá ao longe
pra morrer nesse instante de donzelas"
onde o tempo arrasta em círculos concêntricos
e querer assim me aproximar de raio
que me arraste e aos meus vinte eus idênticos
Ou então chegar no tempo de setembro
pra correr do hemisfério regredido
e botar pra funcionar, se bem me lembro,
teorias de ser nada comedido
Quão versátil pode ser um dia ou noite
pra caber num livro curto mais idéias
me admira poder ter talvez mais monte
E ainda descobrir em fotos velhas
reticências incompletas lá ao longe
pra morrer nesse instante de donzelas"
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