Porque hoje eu sou só objeto de todas as coisas, sou toda pele e poros abertos, toda ouvidos, toda sabor e paladar.
sábado, dezembro 17, 2011
Uma ode ao fim de um dia
...e o sol se pondo em cores tão límpidas, cores tão cristalinas, e pintando o céu com laranja-sangue, rosa, lilás, as cores se perdendo em beijos e se misturando em nuvens, e um traço marca-texto no horizonte tão vivo que parecia um oceano de fogo lá no longe, fazendo fundo pra árvores de silhueta negra que deixavam a pintura toda um pouco africana, e fechando os olhos a brisa suave fazia parecer que se estava na savana, e a linha de marca-texto perfeitamente reta marcando o fim preciso do dia, o fim que é também começo, o começo da noite, o começo do outro dia, e um homem diante disso nada pode fazer que não chorar por toda a beleza tão pura desse mundo e por todas as coisas mais profundamente tristes também...
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