sexta-feira, maio 20, 2005

Lição em intervalo de vulcão

"Vou me tatuar com tinta de caneta,
e pintar no antebraço uma figura
e criar um novo código à altura
e manipular nas mãos cada ranhura.

E mostrar nos dedos quinze fotos tuas,
e rasgar toda evidência dessas ruas
e implorar que não atire às línguas nuas
flechas pardas de compasso de corneta.

E arrombar essa maldita maçaneta
e clamar pros meus desejos que não cessem
e julgar quaisquer dos ares que padecem
e deixar aos que quiserem que arremessem

E justificar o sim que não foi dito
e lembrar que é tudo parte de um só mito
e tentar jogar mais lírio nesse rito
Pra tornar mais espanhola essa roleta."

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